VLADIMIRO CARDOSO GUERRA ANJOS
BRAGA
Corta-se o pão de trigo longitudinalmente.
Em cada metade com a ponta duma faca e pelo lado do miolo, fazem-se golpes, primeiro no sentido do comprimento, depois no da largura, de molde a obter-se um quadriculado com cerca de 1 cm de lado.
Depois do pão cortado faz-se uma fogueira e espetam-se as metades do pão em varas de madeira, pelo lado da côdea, virando para o lume o miolo.
Quando o miolo principia a ficar louro repete-se a operação mas desta vez com a côdea virada para a fogueira e as varas espetadas no miolo.
Ao fim de algum tempo o pão torrado do lado do miolo, principia a abrir pelos golpes. Diz o povo que o pão se está a rir, ou outros que ele abre a boca a pedir azeite.
Tira-se o pão assim torrado da fogueira a qual se aproveita para ir assando as sardinhas da maneira vulgar.
Com um dedo na bica da almotolia deixa-se sair um fio de azeite com o qual se percorrem as aberturas do quadriculado do pão.
Uma vez esta operação pronta, ali se colocam as sardinhas, comendo-as simultaneamente com o pão assim torrado e untado.
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