EDITE DA SILVA SANTOS
VILAREAL/TRÁS-OS-MONTES
½ kg de intestino delgado de vitela – ½ kg de intestino grosso de vitela – 1 salpicão de tamanho médio – 125 g de presunto – um chouriço (fabrico transmontano) febras de frango e vitela.
Cortam-se do intestino grosso, retângulos, mais ou menos com 8 cm. de comprimento. Colocam-se em cima de cada um, tiras finas de presunto, salpicão, chouriço, vitela, frango e ainda de cebola e umas folhinhas de salsa.
Enrola-se e ata-se com um bocado de intestino delgado (que deve estar cortado em tiras de 20 cm mais ou menos). Deve dar-se um nó para o “molhinho” não se desfazer.
Põem-se os “molhinhos” num tacho, onde se deitou previamente 1 cebola grande cortada às rodelas, duas colheres de sopa de manteiga, 2 folhas de louro, um ramo de salsa e ainda piri-piri, colorau a gosto (o colorau pode ser desfeito em meio copo de vinho branco). Deixam-se refogar até estarem bem cozinhados.
Servem-se com arroz de forno que é cozinhado nos fornos de pão e em alguidares de barro preto e fabricados em Bisalhães, concelho de Vila Real ou em Nantes, concelho de chaves.
Estes alguidares são muito parecidos aos de Viana do Castelo e Barcelos, apenas na sua forma, claro. O barro preto, é mencionado, dá um sabor especial a toda a comida cozinhada nele. São por exemplo deliciosas, as castanhas cozidas.
Há também um doce de travessa ou colher que igualmente ao que acontece com a receita que acabo de descrever, é muito apreciado pelos transmontanos.
Nota: O arroz de forno faz-se como o “arroz de pato” Minho, sem limão e com água simples. Depois de ter fervido num tacho durante 5 minutos deita-se no alguidar e mete-se no forno. Fica esplêndido, cozido nos alguidares.
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