JOÃO CÂNDIDO FURTADO D’ANTAS
LISBOA
A “Cataplana tem a forma de uma concha bivalve. As duas metades, são ligadas por uma charneira e hermeticamente fechadas, tendo no lado oposto à charneira, uma pega ou asa.
Quantidades aproximadas, para 5 pessoas:
2 ½ Kg de amêijoas
3 Cebolas de tamanho médio
150g de presunto gordo
150g de chouriço
150g de fiambre
50g de manteiga
Piripiri ao paladar
Colorau – salsa
As amêijoas, apanhadas de véspera, deverão ficar na própria água do mar, de preferência amêijoas de Alvor, célebres pelas suas grandes dimensões e excelente sabor.
Alvor é uma pequena localidade situada na imensa Baía de Lagoa, na foz do rio do mesmo nome, por onde pela primeira vez os portugueses penetraram no Algarve, em 1189, no reino de D. Sancho I, conquistando o Castelo que hoje já não existe.
No fundo da “Cataplana” coloca-se uma camada de amêijoas, cobertas por cebolas às rodelas fininhas, uma pitada de colorau, presunto gordo, cortado aos quadrados de uma fatia grossa, chouriço às rodelas e fiambre também aos quadrados de uma fatia grossa.
Depois nova camada de amêijoas com cebola, colorau, presunto, chouriço e fiambre. Continuando assim até encher a “cataplana”.
Na última camada um ramo de salsa, manteiga aos quadradinhos e piripiri em quantidade conforme o paladar. A “cataplana”, hermeticamente fechada, guarda-se assim e depois numa cozinha ou até num piquenique, se leva ao lume durante VINTE MINUTOS e só se abrindo à mesa.
Aquele bafo que sai da “cataplana”, ao abrir, é o melhor aperitivo para tão delicioso petisco. É uma receita pessoal. Quanto a nós o fiambre esta a mais.
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