BEIRA-ALTA
Quando se mata o porco apara-se o sangue para um recipiente onde se deitou um punhado de sal e 1 dl de vinho branco. Para evitar que coagule mexe-se o sangue com estes ingredientes à medida que vai caindo na tigela. Para uma sangria de porco (normal); 2 quilos de pão de trigo de 1ª, carcaças; 1 ramo grande de salsa; 4 cebolas médias; 1 dente de alho; 100 g de cominhos; pimenta picante (malagueta); pimenta em pó; sal; 5 dl de azeite; o véu de porco (lenço); as gorduras das tripas; 1 colher de sopa de farinha; tripas de porco.
Corta-se o pão em fatias finas, colocam-se num alguidar e regam-se com o sangue. Juntam-se a salsa e 2 cebolas picadas ou raladas e o dente de alho esmagado. Adicionam-se os temperos e amassa-se tudo com as mãos ou com uma colher de pau. A massa não deve ficar dura.
À parte cortam-se as gorduras e levam-se a derreter com 2 cebolas picadas finamente. Não devem refogar. Junta-se este preparado ao anterior. Junta-se também o azeite e a farinha e amassa-se tudo muito bem até se obter uma massa homogénea.
Os temperos, assim como a quantidade de pão, dependem do volume da sangria.
Prova-se a massa levando-a um pouco a fritar numa sertã. A massa para as morcelas deve saber a cominhos.
Pronta a massa, enche-se as morcelas em tripas de porco (preparadas como se disse) deixando-as meio vazias. Atam-se e cozem-se como se disse para as morcelas da Guarda. Levam-se a fritar numa frigideira acompanhadas do próprio molho e com batatas cozidas e ovos estrelados.
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