CREMILDA TOMAZ
S.JOÃO DO ESTORIL
Parte-se um coelho em tantos bocados quanto se deseje e põem-se em vinha de alhos de um dia para o outro, o vinho não deve ser muito.
Unta-se generosamente todos os lados de um tacho negro em ferro, com azeite da região tão bom quanto possível e põe-se ao lume para aquecer o recipiente e o azeite, aperta-se entre as mãos cada pedaço de coelho por sua vez, para escorrer tanto quanto possível o vinho e coloca-se cada pedaço no tacho para os arrumar devidamente, a carne começa a fritar lentamente com um ou dois alhos que depois se retiram, conforme vai fritando o coelho vai deixando o pouco vinho que tem absorvido e algum sangue, o molho vai engrossando, de vez em quando, deita-se um pouco de vinha de alhos, não é necessário dizer que o vinho também é da região e tanto pode ser branco como tinto, aqui poderá aplicar-se o branco.
O vinho de alhos nunca deve ser deitado todo de uma vez só.
Acompanha este prato de coelho, arroz solto ou batata veludo transmontana.
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