Arranja-se um cabrito de mês a mês e meio. Mata-se e a seguir é estonado (quer dizer, arranca-se o pelo, metendo-o por partes, numa caldeira de água a ferver, ficando com o aspecto de leitão, isto é, com a pele muito clara e completamente limpa).
A seguir abre-se pela barriga, fazendo uma pequena abertura, tirando-se as vísceras. Lava-se depois bem e deixa-se a escorrer dum dia para o outro.
Depois partem-se os “miúdos” do cabrito em pequenos bocadinhos e junta-se também um bocadinho de presunto, um ramo de salsa e uma folha de louro.
Depois do recheio acima mencionado, feito, barra-se o cabrito por dentro e por fora com alho picado, sal, um cheiro de pimenta e vinho branco (isto fica uma espécie de papa). O cabrito é então cheio com o recheio tendo o cuidado de misturar um bocadinho da tal papa, coze-se em seguida a abertura com agulha e linha. Depois disto, fica em repouso algumas horas.
Por fim barra-se com bastante banha de porco e põe-se numa assadeira que tem no fundo uma grelha feita com paus de loureiro.
Assa-se então em forno bem quente e em estando tostado dum lado vira-se para o outro.
A pele fica tostada tal e qual como a do leitão.
Esta receita foi premiada no Concurso de 1961 e preparada na televisão RTP em directo.
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