MARIA CLARA BARCELOS BARBOT
PORTO
Corta-se o cacete em fatias não muito grossas. Ferve-se para um cacete de quilo, um litro de leite bem adoçado onde se deitou bastante canela e se gostar uma casca de limão. Depois de o leite arrefecer um pouco, vão-se deitando dentro do próprio fervedor as rabanadas às duas ou três, deixando-as ficar um bocadinho a amolecer. Vão-se retirando para travessas tendo o cuidado de não por umas por cima das outras. O leite que sobrar desta operação deita-se por cima das rabanadas para que elas se enxambrem bem e deixem-se ficar bem moles.
Têm-se uma sertã grande com azeite ou óleo, de preferência este último, passam-se as rabanadas por ovo e fritam-se no azeite bem quente, vão-se tirando com a ajuda de uma escumadeira e colocam-se sobre um pano de cozinha onde escorrem o azeite e são limpas de bocados de ovo que tinham ficado agarradas ao pão durante a fritura.
Põe-se a ferver um quilo de açúcar com um pouco de água e se se gostar uma casca de limão. Quando atingir um ponto baixo, deitam-se as rabanadas, duas a duas deixando-as mais uma vez enxambrarem-se bem no açúcar. Se durante esta operação o ponto do açúcar for aumentando demasiadamente, junta-se um pouco de água. Se se quiserem comer frias deita-se a calda que sobrar sobre elas, se se quiser comer quentes guarda-se a calda e no momento de se comerem aquece-se deitando-se novamente dentro e tiram-se para o prato com um pouco de molho.
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