Edição: Chappa | 2017
Introdução:
Estes lugares são os Lugares do Azeite, de uma alma lusa nobre, íntegra – é para aqui que desejamos voltar, sempre. É aqui que nos enamoramos da vida, é aqui que percebemos, na plenitude, a dimensão da nossa existência. Miguel Torga definiu os transmontanos como ninguém: “cavam a vida inteira. E, quando se cansam, deitam-se no caixão com a serenidade de quem chega honradamente ao fim dum longo e trabalhoso dia.” É assim que nos sentimos em Trás-os-Montes – honrados pelo trabalho, mais perto de Deus, talvez; de nobreza feitos, os transmontanos são maiores do que todos os outros, voz doce, punho firme, face esculpida a preceito pelo sol de uma vida inteira de costas rectas arqueadas pela verticalidade da labuta. O dourado azeite, de sabor refinado, afagado pelas mãos de quem conhece a terra e o que ela dá, cresce numa simbiose entre a sabedoria de um povo que se inspira nos montes serrilhados de um lugar mágico e a frieza clínica dos novos lagares. E dá ao mundo o melhor dos azeites, o Transmontano. Se procuram alma, este é o lugar em que a irão encontrar.
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